Um mês de Rio de Janeiro. Um mês de Lapa. O endereço era: Rua Washington Luiz, 16, 404B. Que na verdade era no quinto andar. Não tem elevador no prédio e a gente tinha que subir e descer com a tranqueira toda nas costas. Exatamente 100 degraus da calçada da rua até a sala de casa.
O apartamento era muito bom. Muito bom mesmo. 3 quartos, sala, 2 banheiros, boa cozinha (na qual Dhiego e Piriquito desfilaram seus dotes culinários) e onde também virou escritório do Marcinho e o principal lugar da casa em que as visitas eram recebidas.
Tudo bem que era no mínimo interessante a referencia que a gente dava quando explicava o endereço. “Sabe a Mem de Sá? Então... seguindo em direção da Cruz Vermelha você entra na rua do Bar das Quengas. Pronto, chegou!”. É isso mesmo! A gente morava na esquina do Bar das Quengas, que é um bar muito familiar, diga-se de passagem. A decoração do bar que é bem legal. Calcinhas, sutiãs e baby-dolls vermelhos pendurados nas janelas e no teto do buteco. Sugestivo, não???
Foi um mês de aprendizado. Aprendemos que cigarro e cerveja prejudica na hora de subir escadas com os instrumentos, que homens dividindo moradia não é significado automático de zona na cozinha e meias e cuecas espalhadas pela casa (até porque a casa era muito organizada e limpa mesmo) e principalmente que, se você é artista, o Rio de Janeiro é o local.
Incrível, cara! Qualquer saída pode te render alguma coisa. No mínimo conhecer alguém interessante.
Chegamos no Rio na quinta-feira 10, logo depois do carnaval. Correria total porque a gente tinha que passar o som no Teatro Odisséia e assinar o contrato de aluguel do apartamento e isso já eram 7 da noite. No clássico padrão Casaca, conseguimos tudo em cima da hora, subimos com mudança, passamos som, falamos “oi casa, tchau casa” e partimos pro show. Pela primeira vez a gente juntou toda a equipe da banda. A parte carioca representada pela Renata e pela Carol, a parte capixaba representada pela Lucia, Fubeka, Polenta e Igor Babá e a parte da velha-guarda representada pelo eterno mentor intelectual (!?!?!?) Alexandre Mignoni.
O show foi bem legal! Casa cheia, capixabas no meio da galera e cariocas meio de cara com o que estavam vendo. Muito legal ver a cara de “que doideira é essa que esses caras fazem?”
No sabado 12 fizemos um som no calçadão da praia da Barra da Tijuca e lá conhecemos o Ronan Horta. Mineiro gente finíssima que já está no Rio a algum tempo e tem vários contatos legais. Ouviu o som dos tambores e logo chamou a gente pra fazer uma participação no show da banda dele e na terça-feira seguinta a gente já estava na Lagoa. Eu e Dhiego nos tambores. A participação foi muito boa e por conta dela conseguimos uma entrevista no Blog do Blackout http://imediatocontatoscultural.blogspot.com/2011/04/casaca-faz-o-som-ecoar.html e mais um convite do Ronan pra outra participação, dessa vez no Café Del Mar, em Copacabana. E assim vai a vida no Rio de Janeiro... participação aqui, contato ali...
No dia 19 foi o dia do show na Casa Rosa, nas Laranjeiras. O que é aquele lugar??? Incrível o lugar, o ambiente, o clima... E sabemos também que por aquele palco passaram Cássia Eller, Nando Reis, Maria Gadú entre outros. A festa era pra galera de gringos que desembarca todos os anos no Rio para trabalho e estudo e nego ficou doido com o som da banda!
E quer noticia bem bacana mesmo? O pessoal do site oinovosom.com.br chamou a gente pra entrevista e show ao vivo transmitido via web!! Vai rolar dia 6 de maio e tudo o que rolar vai ficar gravado e postado nos podcasts do site e no youtube. Claro que vai estar no nosso site também.
A agenda dos próximos compromissos no Rio tão lá no site. Entra lá e dá uma olhadinha www.bandacasaca.com.br
Assim foram os primeiros 30 dias em terras cariocas. Assim e pouco mais. Mas tem coisas que a gente guarda pra gente, né? Pra falar na hora certa, na hora que deixar de ser plano e virar realidade. Mas não esquenta que logo eu venho aqui e conto um pouquinho mais de tudo o que vem rolando com a gente.
Bom... por enquanto é isso!
Abraços!
Jean
P.S.: sejam benvindos e obrigado pelo apoio Ama Terra e Pé de Limão
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